Bolsa alcança novo recorde com maior alta dos últimos 15 meses

Em uma demonstração de otimismo no mercado financeiro, a bolsa de valores alcançou um novo recorde histórico, chegando perto dos 160 mil pontos, e encerrou novembro com a maior alta dos últimos 15 meses. Simultaneamente, o dólar reverteu o ganho da quinta-feira, fechando a semana em queda.

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, registrou um aumento de 0,45%, encerrando a sexta-feira (28) com 159.072 pontos, marcando um recorde pela segunda vez na semana. O índice acumulou um ganho de 6,37% no mês, seu melhor desempenho desde agosto de 2024. No ano de 2025, a bolsa acumula alta de 32,25%.

Dólar em queda e desempenho de ações

No mercado de câmbio, o dólar comercial foi vendido a 5,335 reais, uma redução de 0,31% ou 0,016 reais. A cotação manteve-se estável pela manhã, oscilou para 5,32 reais às 11h e ficou em torno de 5,34 reais entre 12h30 e 15h, recuando nas horas finais de negociação.

"A moeda americana caiu 0,82% em novembro, acumulando uma queda de 13,67% ao longo de 2025", destacaram analistas.

O otimismo no mercado também se refletiu nas ações de bancos, mineradoras e exportadores de commodities, que compensaram a queda de 2,45% nas ações ordinárias e 1,88% nas preferenciais da Petrobras, após a estatal ajustar para baixo suas projeções de investimento até 2030.

Impactos internos e mercado internacional

Adicionalmente, o dólar se enfraqueceu ainda mais diante do real, influenciado por um pregão reduzido nos Estados Unidos devido ao feriado de Ação de Graças e à significativa entrada de capital estrangeiro em mercados emergentes.

Especialistas atribuíram o otimismo à queda da taxa de desemprego para 5,4% até outubro, o menor índice registrado desde o início da pesquisa em 2012.

No âmbito interno, a disputa mensal pela formação da Ptax, taxa média utilizada para corrigir dívidas públicas atreladas ao câmbio, também influenciou o movimento do dólar nesta sexta.

Com esse cenário favorável, as expectativas sobre o mercado financeiro se mantêm positivas para os próximos meses, especialmente com a trajetória de recuperação econômica e ajustes fiscais em andamento.