Sábado, 06 de Dezembro de 2025

Governos somam necessidade de 741,3 bilhões de reais em 2024

Valor representa diminuição de 12,2% comparado ao ano anterior e inclui dívidas e juros

26/11/2025 às 17:41
Por: Redação

A soma das necessidades financeiras dos governos brasileiro foi de 741,3 bilhões de reais em 2024. Este montante, conhecido como necessidade de financiamento líquida, foi necessário para que União, estados e municípios pudessem encerrar suas contas no ano. O dado foi revelado no estudo Estatísticas de Finanças Públicas e Conta Intermediária de Governo, publicado pelo IBGE, em colaboração com a Secretaria do Tesouro Nacional e o Banco Central.

 

Em comparação a 2023, as necessidades de financiamento dos governos sofreram uma redução significativa, caindo 12,2%. Isto significa que, no ano passado, a capacidade de endividamento do setor governamental foi menor, mesmo ao incluir os custos com juros da dívida pública. Essa redução aponta para um controle maior sobre as contas públicas.

 

Detalhamento da necessidade de recursos

O levantamento especifica como a necessidade de financiamento está dividida pelos diferentes níveis de governo. O Governo Central, que abrange o governo federal, legislativo, judiciário, além das empresas estatais e Previdência, foi responsável por 670,3 bilhões de reais. Os governos estaduais somaram 55,5 bilhões de reais, enquanto os municípios precisaram de 15,5 bilhões de reais.


"A redução de 12,2% na necessidade financeira é refletida pelo aumento de 12,7% na arrecadação, frente a um crescimento de 8,5% nas despesas", destacou o relatório do IBGE.


As receitas vindas de impostos tiveram um crescimento de 16,3%, enquanto as contribuições sociais subiram 8,2%. Já do lado das despesas, o gasto com benefícios previdenciários e assistenciais teve aumento de 6%, com um notável crescimento de 18,2% em benefícios assistenciais de idade e invalidez.

 

Impactos do pagamento de juros

Em 2024, os gastos totais do Governo Geral com juros foram de 971 bilhões de reais, representando 52% de tudo que o país dispensa em benefícios previdenciários e assistenciais, cujo total é 1,9 trilhão de reais. Estas são as maiores destinações dos recursos fiscais, mostrando a relevância do controle de juros na gestão das contas.


As principais receitas e despesas continuam concentradas no Governo Central, que encabeça as ações fiscais com maior impacto econômico.


No geral, a conjuntura aponta para uma gestão fiscal mais eficiente, embora a dívida pública e os juros continuem a pressionar o orçamento. O relatório sugere que uma melhora contínua na arrecadação e controle das despesas poderá oferecer maior margem de manobra para o governo no futuro.

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